“Plantas Medicinais e Neurotransmissores: O que a Ciência diz?”

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Os neurotransmissores são substâncias químicas fundamentais no corpo humano, responsáveis pela comunicação entre os neurônios. Eles desempenham um papel crucial na regulação das nossas emoções, comportamentos, sono, apetite e muitas outras funções essenciais para o equilíbrio físico e mental. O desequilíbrio nos níveis desses mensageiros químicos está diretamente associado a diversos transtornos, como ansiedade, depressão e insônia, impactando negativamente a saúde mental e o bem-estar geral.

Neste cenário, as plantas medicinais emergem como uma alternativa natural e promissora, amplamente utilizada há séculos em diferentes culturas. Estudos recentes vêm destacando como compostos presentes em determinadas plantas podem modular os neurotransmissores de forma eficaz, contribuindo para restaurar o equilíbrio emocional e promover uma vida mais saudável.

O objetivo deste artigo é explorar como algumas dessas plantas medicinais influenciam os neurotransmissores no cérebro, embasando-se em pesquisas científicas. Vamos entender como essas alternativas naturais podem ser integradas ao cuidado com a saúde mental, ajudando a melhorar o equilíbrio emocional de maneira acessível e segura.

O Que São Neurotransmissores?

Os neurotransmissores são mensageiros químicos que desempenham um papel fundamental no sistema nervoso. Eles permitem que os neurônios, as células nervosas do cérebro e do corpo, se comuniquem entre si. Essa comunicação é essencial para a regulação de praticamente todas as funções corporais, incluindo humor, emoções, comportamento e até mesmo habilidades cognitivas, como memória e aprendizado.

Quando um neurônio libera um neurotransmissor, ele atravessa o espaço entre as células nervosas (a sinapse) e se conecta a receptores específicos no próximo neurônio. Esse processo desencadeia uma série de respostas que afetam tanto as funções físicas quanto emocionais do corpo. Um desequilíbrio nos níveis ou na atividade dos neurotransmissores pode levar a problemas de saúde mental e física, como ansiedade, depressão, estresse crônico e distúrbios do sono.

Principais Neurotransmissores e Suas Funções

  • Serotonina: Conhecida como o “neurotransmissor do bem-estar”, a serotonina está intimamente ligada à regulação do humor, apetite e sono. Níveis baixos de serotonina estão associados à depressão, enquanto um equilíbrio saudável pode promover sentimentos de felicidade e tranquilidade.
  • Dopamina: Associada à motivação, prazer e recompensa, a dopamina desempenha um papel crucial na formação de hábitos e na sensação de satisfação. Níveis baixos podem contribuir para a falta de motivação e anedonia (incapacidade de sentir prazer).
  • Noradrenalina: Também conhecida como norepinefrina, esse neurotransmissor ajuda a regular a resposta ao estresse e aumenta a atenção e o estado de alerta. Desequilíbrios podem resultar em ansiedade ou dificuldade em lidar com situações estressantes.
  • GABA (Ácido Gama-Aminobutírico): O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do cérebro, funcionando como um “freio” natural para a atividade neural excessiva. Ele é essencial para reduzir a ansiedade e promover o relaxamento.

Esses neurotransmissores estão profundamente envolvidos na saúde mental e emocional. Por isso, compreender como eles funcionam e como podem ser equilibrados é essencial para melhorar o bem-estar e lidar com transtornos como ansiedade, depressão e estresse. É nesse ponto que as plantas medicinais podem desempenhar um papel importante, auxiliando de forma natural na modulação desses mensageiros químicos.

A Relação entre Plantas Medicinais e Neurotransmissores

As plantas medicinais têm sido usadas há séculos para tratar diversos problemas de saúde, incluindo aqueles relacionados ao bem-estar mental e emocional. No campo da neurociência, pesquisas têm demonstrado como essas plantas podem influenciar diretamente o sistema nervoso central, atuando na produção, liberação e regulação de neurotransmissores. Essa interação pode alterar estados mentais e emocionais, ajudando a equilibrar o organismo de forma natural.

Como as Plantas Afetam o Cérebro

Certas plantas medicinais possuem compostos bioativos capazes de atravessar a barreira hematoencefálica (que protege o cérebro) e interagir com os receptores neuronais. Essas substâncias podem:

  • Aumentar a produção de neurotransmissores: Como a serotonina, que promove sensações de felicidade e tranquilidade.
  • Inibir a degradação dos neurotransmissores: Ajudando a manter níveis mais altos de substâncias como a dopamina e a noradrenalina no cérebro.
  • Modular a atividade dos receptores: Regulando a comunicação entre os neurônios para promover o equilíbrio do sistema nervoso.

Por meio dessas ações, as plantas medicinais podem ajudar a aliviar sintomas de ansiedade, depressão, insônia e até mesmo estresse crônico, oferecendo uma alternativa natural e menos invasiva em comparação aos medicamentos sintéticos.

O Papel dos Fitocomplexos

Os fitocomplexos são conjuntos de substâncias bioativas presentes nas plantas, incluindo alcaloides, flavonoides, terpenos, entre outros compostos. Esses elementos trabalham em sinergia para exercer efeitos terapêuticos, especialmente no sistema nervoso. Alguns exemplos incluem:

  • Hypericum perforatum (Erva-de-São-João): Rico em hipericina e hiperforina, que atuam como inibidores da recaptação de serotonina, ajudando no tratamento de depressão leve a moderada.
  • Valeriana officinalis (Valeriana): Contém valepotriatos e ácido valerênico, que interagem com o GABA, promovendo relaxamento e alívio da ansiedade.
  • Passiflora incarnata (Maracujá): Possui flavonoides que modulam os receptores de GABA, ajudando a reduzir o estresse e melhorar o sono.
  • Withania somnifera (Ashwagandha): Adaptógeno que regula os níveis de cortisol e apoia o equilíbrio dos neurotransmissores, sendo eficaz contra estresse e fadiga mental.

Esses fitocomplexos agem de maneira integrada no organismo, promovendo benefícios que vão além do sintoma específico, ajudando o corpo a restabelecer o equilíbrio de forma natural.

Compreender como as plantas medicinais podem interagir com os neurotransmissores abre um universo de possibilidades para quem busca melhorar a saúde mental e emocional de maneira natural e cientificamente fundamentada.

Plantas Medicinais que Afetam os Neurotransmissores

Diversas plantas medicinais têm o poder de influenciar diretamente os neurotransmissores no cérebro, promovendo benefícios à saúde mental e emocional. Aqui estão algumas das plantas mais conhecidas e suas ações sobre esses mensageiros químicos essenciais.

1. Rhodiola (Rhodiola rosea)

Efeitos nos neurotransmissores:

A Rhodiola é uma planta adaptógena que ajuda o corpo a se adaptar ao estresse. Ela pode aumentar os níveis de serotonina e dopamina no cérebro, neurotransmissores associados ao humor, motivação e prazer. Esse efeito é particularmente útil no combate a sintomas de depressão e estresse, ajudando a melhorar o bem-estar geral.

Estudos científicos:

Diversos estudos demonstram a eficácia da Rhodiola no equilíbrio dos neurotransmissores. Um estudo publicado no Journal of Psychopharmacology indicou que a Rhodiola ajudou a reduzir os sintomas de fadiga e estresse em adultos saudáveis, além de melhorar o desempenho cognitivo e a disposição. Outro estudo revelou que ela tem efeitos antidepressivos, auxiliando no aumento dos níveis de serotonina e dopamina no cérebro.

2. Ginseng (Panax ginseng)

Efeitos nos neurotransmissores:

O Ginseng é conhecido por sua capacidade de melhorar o foco, a memória e a disposição mental. Ele modula os níveis de dopamina e serotonina, dois neurotransmissores essenciais para a cognição e o humor. O Ginseng pode, portanto, ser útil no aumento da energia mental e na redução da fadiga, além de melhorar o desempenho cognitivo em tarefas desafiadoras.

Estudos científicos:

Pesquisas científicas comprovam os benefícios do Ginseng. Um estudo publicado na National Institutes of Health mostrou que o Ginseng teve um impacto positivo na produção de neurotransmissores, promovendo uma maior concentração e memória. Outros estudos indicaram sua ação na redução do estresse e da fadiga mental, além de melhorar o equilíbrio dos neurotransmissores relacionados ao bem-estar e à saúde cerebral.

3. Passiflora (Passiflora incarnata)

Efeitos nos neurotransmissores:

A Passiflora, ou maracujá, tem um efeito calmante e ansiolítico. Ela aumenta a disponibilidade de GABA (ácido gama-aminobutírico), o principal neurotransmissor inibitório do cérebro, promovendo relaxamento e alívio da ansiedade. Esse efeito é particularmente benéfico para pessoas que sofrem de estresse excessivo ou insônia.

Estudos científicos:

Estudos clínicos demonstraram a eficácia da Passiflora na regulação dos neurotransmissores. Uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Pharmacy and Therapeutics descobriu que a Passiflora ajudou a reduzir a ansiedade em pacientes com transtornos de ansiedade, modulando os níveis de GABA e proporcionando um efeito tranquilizante sem os efeitos colaterais dos medicamentos ansiolíticos convencionais.

4. Cúrcuma (Curcuma longa)

Efeitos nos neurotransmissores:

A cúrcuma, rica em curcumina, possui propriedades anti-inflamatórias que também beneficiam o cérebro. Ela influencia positivamente os níveis de serotonina e dopamina, promovendo melhora no humor e na função cognitiva. Além disso, a cúrcuma pode ajudar a combater os efeitos negativos do estresse no cérebro.

Estudos científicos:

Estudos sobre a cúrcuma têm mostrado que ela pode melhorar a função cognitiva e o humor ao modular neurotransmissores. Uma pesquisa publicada no Phytotherapy Research mostrou que a curcumina pode aumentar os níveis de dopamina e serotonina no cérebro, auxiliando na prevenção de doenças neurodegenerativas e melhorando o estado de ânimo em pessoas com sintomas de depressão leve.

5. Erva-cidreira (Melissa officinalis)

Efeitos nos neurotransmissores:

A erva-cidreira é conhecida por seu efeito calmante e relaxante, ajudando no controle do estresse e da ansiedade. Ela aumenta os níveis de GABA no cérebro, promovendo um efeito tranquilizante sem causar sonolência. Esse efeito é útil para pessoas que buscam alívio da tensão sem comprometer a lucidez mental.

Estudos científicos:

Pesquisas demonstram que a erva-cidreira tem um impacto positivo na regulação do sistema nervoso. Um estudo publicado no Phytotherapy Research mostrou que a erva-cidreira ajudou a reduzir os níveis de ansiedade em pessoas com transtornos leves, modulando o GABA e promovendo um efeito calmante e relaxante.

6. Camomila (Matricaria chamomilla)

Efeitos nos neurotransmissores:

A camomila é amplamente conhecida por suas propriedades calmantes e sedativas, sendo útil para reduzir a ansiedade e melhorar o sono. Ela interage com os neurotransmissores relacionados ao relaxamento, especialmente o GABA, e pode ajudar a melhorar a qualidade do sono e o bem-estar emocional.

Estudos científicos:

Estudos clínicos confirmam a eficácia da camomila no alívio do estresse e no aumento do bem-estar emocional. Uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Psychopharmacology demonstrou que a camomila reduziu significativamente os sintomas de ansiedade em pessoas com transtorno de ansiedade generalizada. A camomila também foi associada a melhorias na qualidade do sono e na regulação emocional.

Essas plantas medicinais, com suas propriedades únicas, têm o potencial de auxiliar na regulação dos neurotransmissores, promovendo benefícios para a saúde mental, emocional e cognitiva. A escolha de cada uma delas pode depender das necessidades individuais, proporcionando uma abordagem natural e acessível para o cuidado da saúde emocional.

O Impacto da Fitoterapia na Saúde Mental: O Que a Ciência Diz

A fitoterapia, ou o uso de plantas medicinais para tratar doenças, tem ganhado cada vez mais atenção como uma alternativa natural para o equilíbrio da saúde mental. Estudos científicos recentes confirmam que muitas plantas podem influenciar positivamente os neurotransmissores, ajudando no tratamento de condições como ansiedade, depressão, estresse e insônia. Essas evidências não apenas demonstram a eficácia das plantas, mas também lançam luz sobre os mecanismos bioquímicos que possibilitam esses efeitos.

Pesquisas e Estudos sobre Fitoterapia

Diversas pesquisas científicas recentes têm investigado os benefícios das plantas medicinais para o sistema nervoso. Um estudo publicado na Frontiers in Pharmacology revisou várias evidências que apontam para a eficácia de plantas como a Rhodiola rosea, Passiflora incarnata e a camomila no alívio de sintomas de ansiedade e depressão. A pesquisa revelou que essas plantas ajudam a equilibrar os níveis de neurotransmissores, como serotonina, dopamina e GABA, que são fundamentais para a regulação do humor e da resposta ao estresse.

Outro estudo importante publicado no Journal of Affective Disorders indicou que a erva-de-São-João (Hypericum perforatum) tem efeitos comprovados no tratamento de depressão leve a moderada, atuando diretamente na regulação da serotonina no cérebro. Além disso, estudos com a ashwagandha (Withania somnifera) demonstraram sua eficácia na redução do cortisol, hormônio relacionado ao estresse, e em melhorar o equilíbrio dos neurotransmissores, ajudando a combater os efeitos do estresse crônico.

Evidências Científicas

As plantas medicinais podem afetar os neurotransmissores de várias maneiras. A maioria dos estudos focam no aumento da disponibilidade de neurotransmissores essenciais como serotonina, dopamina e GABA, bem como na modulação dos receptores desses mensageiros. Por exemplo, plantas como a Passiflora e a camomila aumentam os níveis de GABA, promovendo um efeito calmante e ansiolítico. A Rhodiola e o Ginseng, por sua vez, estimulam a liberação de serotonina e dopamina, o que pode melhorar o humor, reduzir o estresse e aumentar a motivação.

Além disso, os fitocomplexos presentes nas plantas têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o que contribui para a proteção do cérebro contra danos causados por estresse crônico. As evidências sugerem que as plantas podem atuar não apenas como moduladores dos neurotransmissores, mas também como protetores neurais, promovendo a saúde cerebral a longo prazo.

Limitações das Pesquisas

Embora as evidências científicas sobre os benefícios das plantas medicinais para a saúde mental sejam promissoras, é importante reconhecer as limitações dessas pesquisas. Muitos dos estudos realizados são de pequena escala ou não controlados, o que significa que mais pesquisas com amostras maiores e metodologias rigorosas são necessárias para confirmar os resultados e garantir a segurança e eficácia das plantas medicinais em tratamentos a longo prazo.

Outro ponto importante é a variabilidade dos efeitos das plantas, que pode depender de fatores como dosagem, forma de preparo, qualidade da planta e características individuais do paciente. A individualidade biológica pode influenciar os resultados, o que torna necessário o acompanhamento médico no uso de fitoterapia, especialmente quando combinada com tratamentos farmacológicos tradicionais.

Além disso, embora as pesquisas sobre os efeitos das plantas no cérebro estejam avançando, ainda existem muitas lacunas no entendimento dos mecanismos exatos pelos quais as plantas afetam os neurotransmissores. A interação entre os fitocomplexos e o sistema nervoso central é complexa e ainda não totalmente compreendida.

Conclusão

A fitoterapia apresenta um grande potencial no tratamento de condições como ansiedade, depressão e estresse, com base em mecanismos científicos que demonstram como as plantas medicinais influenciam positivamente os neurotransmissores. No entanto, é fundamental que mais estudos sejam realizados para expandir o conhecimento sobre esses mecanismos e fornecer uma base sólida para o uso seguro e eficaz das plantas no cuidado da saúde mental. Como em qualquer forma de tratamento, é essencial que as pessoas busquem orientação profissional antes de iniciar qualquer terapia com plantas medicinais, garantindo um tratamento adequado e personalizado.

Como Integrar as Plantas Medicinais na Sua Rotina de Bem-Estar

Incorporar plantas medicinais na sua rotina de bem-estar pode ser uma maneira simples e eficaz de melhorar a saúde mental e emocional. Dependendo do objetivo, há diversas formas de consumo que podem otimizar os efeitos terapêuticos. Abaixo, apresentamos algumas opções e dicas para integrar essas plantas no seu dia a dia.

Formas de Consumo

Chás e Infusões

Uma das formas mais comuns e agradáveis de consumir plantas medicinais é por meio de chás e infusões. Plantas como camomila, passiflora e erva-cidreira são ideais para essa preparação. O chá pode ser consumido durante o dia para promover relaxamento ou antes de dormir para melhorar a qualidade do sono.

Dica: Prepare a infusão com folhas frescas ou secas e adicione mel ou limão para um toque especial.

Cápsulas e Suplementos

Para quem busca uma opção prática e com dosagem controlada, as cápsulas e os suplementos podem ser uma boa escolha. Plantas como Rhodiola, Ginseng e Ashwagandha estão disponíveis em cápsulas, oferecendo conveniência e a possibilidade de um consumo regular.

Dica: Consulte um profissional de saúde para ajustar a dosagem conforme as suas necessidades.

Extratos e Tinturas

Os extratos líquidos ou tinturas são formas concentradas de plantas medicinais e podem ser ingeridos diretamente ou diluídos em água. Eles têm uma absorção mais rápida no organismo. A Passiflora e a valeriana, por exemplo, podem ser encontradas nessas formas.

Dica: As tinturas podem ser uma excelente opção para quem tem dificuldade com o consumo de chás ou cápsulas. Apenas verifique a dosagem recomendada no rótulo.

Óleos Essenciais

Algumas plantas, como a lavanda e a camomila, podem ser usadas em forma de óleos essenciais, que podem ser aplicados na pele ou inalados. A aromaterapia pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e ansiedade, promovendo o equilíbrio emocional de maneira rápida e eficaz.

Dica: Utilize o óleo essencial em difusores ou aplique algumas gotas nas têmporas ou no pescoço para um efeito calmante imediato.

Dicas para Otimizar os Benefícios:

Combinações de Plantas

Algumas plantas possuem efeitos sinérgicos, ou seja, seus efeitos podem ser potencializados quando usadas juntas. Uma combinação eficaz pode incluir:

1. Passiflora e camomila: Ambas ajudam no relaxamento e no alívio da ansiedade, potencializando o efeito calmante.

2. Rhodiola e Ginseng: Uma combinação energizante que pode melhorar o foco e a disposição mental, além de combater a fadiga e o estresse.

3. Erva-cidreira e valeriana: Ambas atuam no sistema nervoso para promover um sono reparador e reduzir a tensão.

Hábitos Saudáveis para Potencializar os Efeitos

Além do uso das plantas medicinais, certos hábitos podem otimizar seus efeitos e promover um bem-estar ainda maior:

Alimentação balanceada: Consuma alimentos ricos em vitaminas e minerais que ajudam na produção de neurotransmissores, como magnésio, vitamina B6 e ácidos graxos ômega-3.

Exercícios físicos regulares: A prática de atividades físicas ajuda a liberar endorfinas e reduz os níveis de estresse, potencializando os efeitos das plantas medicinais.

Meditação e mindfulness: A prática de meditação pode ajudar a equilibrar as emoções e melhorar a resposta ao estresse, complementando o efeito das plantas que atuam sobre o sistema nervoso.

Sono de qualidade: Priorize o sono, pois ele é essencial para a regulação dos neurotransmissores e para a recuperação do corpo e da mente.

Consistência no Uso

Para que as plantas medicinais tenham o efeito desejado, é importante manter a consistência no seu uso. A maioria dos benefícios terapêuticos é observada com o uso regular ao longo do tempo.

Dica: Estabeleça um ritual diário, como tomar um chá relaxante antes de dormir ou começar o dia com uma cápsula de Ginseng para dar aquele impulso de energia.

Conclusão

Integrar plantas medicinais à sua rotina de bem-estar pode ser uma forma eficaz de melhorar a saúde mental e emocional. Seja por meio de chás, cápsulas, extratos ou óleos essenciais, o consumo regular dessas plantas, aliado a hábitos saudáveis, pode trazer ótimos resultados. Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento com plantas medicinais, garantindo que você faça escolhas seguras e personalizadas para o seu corpo e suas necessidades.

Cuidados e Precauções ao Usar Plantas Medicinais para Neurotransmissores

As plantas medicinais têm sido usadas ao longo dos séculos para tratar uma ampla gama de condições de saúde, incluindo desequilíbrios nos neurotransmissores. No entanto, é fundamental ter cuidado ao usá-las, pois elas podem causar efeitos colaterais ou interagir com outros tratamentos. A seguir, destacamos alguns pontos importantes a serem considerados ao utilizar plantas medicinais para suportar a saúde mental.

1- Possíveis Efeitos Colaterais

Embora as plantas medicinais sejam, em muitos casos, seguras, é importante estar ciente de que elas podem causar reações adversas, principalmente se usadas de forma inadequada ou em doses excessivas. Alguns efeitos colaterais comuns incluem sonolência excessiva, náuseas ou tontura. Certas plantas, como a erva-de-são-joão, podem causar reações alérgicas em algumas pessoas, que podem se manifestar como irritações na pele ou dificuldades respiratórias. Sempre observe qualquer reação do seu corpo ao usar uma planta medicinal e interrompa o uso caso perceba algum efeito adverso.

2- Interações com Medicamentos

As plantas medicinais podem interagir com medicamentos prescritos, especialmente aqueles usados para tratar transtornos de humor e saúde mental, como antidepressivos, ansiolíticos ou estabilizadores de humor. Por exemplo, algumas plantas, como a valeriana e a camomila, podem aumentar o efeito sedativo de medicamentos ansiolíticos, enquanto a erva-de-são-joão pode diminuir a eficácia de certos antidepressivos. Essas interações podem alterar a dosagem necessária ou até mesmo diminuir os efeitos do medicamento, o que pode prejudicar o tratamento da condição médica. 

Consultando um Profissional

Antes de iniciar qualquer tratamento fitoterápico, é altamente recomendável consultar um médico ou profissional de saúde. Eles poderão avaliar sua saúde geral, verificar se você tem alguma condição médica preexistente e orientar sobre o uso seguro de plantas medicinais, levando em conta os medicamentos que você já está utilizando. A orientação profissional é especialmente importante para pessoas com histórico de transtornos psiquiátricos, já que as plantas podem afetar os neurotransmissores de maneiras complexas.

Conclusão

As plantas medicinais têm se mostrado poderosas aliadas no equilíbrio dos neurotransmissores, promovendo saúde mental e emocional de maneira natural. Ao influenciar positivamente neurotransmissores essenciais como serotonina, dopamina e GABA, essas plantas podem ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade, depressão, estresse e até mesmo melhorar o humor e a disposição. Desde chás calmantes até suplementos concentrados, há uma ampla gama de opções para incorporar as plantas medicinais em sua rotina diária.

Além de ajudar na regulação dos neurotransmissores, as plantas medicinais também oferecem um apoio valioso à saúde física, com suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e protetoras cerebrais. No entanto, é essencial lembrar que cada pessoa pode reagir de maneira diferente, e o acompanhamento profissional é fundamental para garantir um tratamento seguro e eficaz.

Chamada para Ação

Agora que você conhece os benefícios das plantas medicinais para a saúde mental, que tal explorar essas opções naturais? Experimente incorporar essas plantas em sua rotina e observe como elas podem impactar seu bem-estar. 

No entanto, lembre-se de que o cuidado com a saúde mental deve ser personalizado. Considere consultar um profissional especializado para determinar a abordagem mais adequada para suas necessidades. 

A natureza oferece um vasto leque de recursos que, quando usados corretamente, podem transformar sua saúde mental e emocional de maneira profunda e duradoura.

Referencias:

1. Livros:

  • Ribeiro, L. F. M., & Peporine Lopes, N. (2015). Farmacognosia: Do produto natural ao medicamento. Editora da Universidade de São Paulo.
  • Bruneton, J. (2001). Farmacognosia, fitoquímica, plantas medicinais. AMRA.

2. Artigos Científicos:

  • Russo, E. B. (2001). “Taming THC: Potential cannabis synergy and phytocannabinoid-terpenoid entourage effects.” British Journal of Pharmacology. [DOI: 10.1038/sj.bjp.0706406]
  • López, V., & Martos, M. (2021). “Neuroprotective and neuroregenerative potential of medicinal plants.” Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. [DOI: 10.1155/2021/8827680]

3. Bases de Dados e Revisões Científicas:

  • PubMed: Utilize artigos de revisão como “Herbal medicine for mental health.”
  • Scielo: Pesquise por estudos brasileiros sobre plantas como maracujá, valeriana e mulungu.

4. Organizações e Guias Relevantes:

  • WHO (World Health Organization): Traditional Medicine Strategy.
  • ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): Publicações sobre fitoterápicos.

5. Principais Plantas e Estudos Associados a Neurotransmissores:

  • Valeriana officinalis: Atua no sistema GABAérgico, promovendo efeito ansiolítico.
  • Hypericum perforatum (Erva-de-São-João): Estudos indicam eficácia no aumento da serotonina em quadros de depressão leve a moderada.
  • Passiflora incarnata: Evidências de efeitos calmantes relacionados ao sistema nervoso central.
  • Bacopa monnieri: Associada à melhora da memória e estímulo de neurotransmissores como acetilcolina.

6. Revisões Sistemáticas Recentes:

  • Kumar, S., et al. (2019). “Medicinal plants for the treatment of neurodegenerative diseases: A review.” Current Pharmaceutical Design. [DOI: 10.2174/1381612825666190613094410]
  • Singh, R. H., et al. (2018). “The efficacy of Ayurvedic herbs in neuroprotection.” Journal of Ethnopharmacology. [DOI: 10.1016/j.jep.2018.02.042]

"Suplementos naturais e produtos focados na saúde mental"